SindServ apresenta propostas para acabar com a greve | aRede
PUBLICIDADE

SindServ apresenta propostas para acabar com a greve

Leovanir Martins usou a tribuna do Legislativo para apresentar contraproposta dos servidores

Servidores lotaram a galeria do Legislativo Municipal
Servidores lotaram a galeria do Legislativo Municipal -

Afonso Verner

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Leovanir Martins, usou a tribuna do Legislativo Municipal para apresentar uma contraproposta ao governo de Marcelo Rangel (PSDB). Leovanir afirmou que os servidores abrem mão da reposição salarial de 2,76% nos meses de maio e junho, com o início de pagamento no mês de julho. Além disso, os servidores apresentaram outros três pontos condicionantes da contraproposta.

O segundo deles é que não haja desconto nos dias de falta daqueles servidores que aderiram a greve – o Sindicato fala em 1,8 mil pessoas nos piquetes, o Poder Executivo afirmou que houveram pouco mais de 672 ausências no ponto biométrico. O terceiro ponto é que se crie uma emenda à uma lei municipal garantindo um indexador geral para reajuste de salário dos servidores.

O quarto ponto é o mais polêmico: os servidores propõem que o Governo crie um indexador para o número de cargos comissionados. Dessa forma, o Poder Executivo só poderia criar um número de cargos comissionados que represente, no máximo, 2,5% do número dos funcionários de carreira. Atualmente o município tem mais de 8,5 mil servidores e essa indexação representaria cerca de 207 cargos de confiança disponíveis.

Na visão de Martins, a medida “ajuda” ao Governo no sentido de que os servidores abrem mão do reajuste por dois meses, enquanto o Poder Executivo assume pagar a data base em julho – a gestão de Marcelo Rangel (PSDB) propôs pagar o reajuste apenas em setembro, por conta da situação financeira.  “Essa é uma forma que os servidores encontraram de se sacrificar para acabar com greve e dar condições do Governo de pagar o reajuste”, disse Martins.

A estimativa do Sindicato é que o reajuste represente um gasto adicional de R$ 930 mil por mês. Por outro lado, a indexação (controle) do número de comissionados é uma “solução”, na visão de Leovanir. “Todo ano de eleição esse tema [número de cargos comissionados] entra em discussão e provoca desgaste ao prefeito. Essa lei de indexação acabaria com o problema, estaria na lei, simples”, defendeu o sindicalista.

Câmara se comprometeu a devolver recursos

Com o intermédio da Mesa Executivo, os vereadores de Ponta Grossa tem buscado encontrar um ‘meio termo’ na discussão entre Prefeitura e servidores. Com isso, a Câmara de comprometeu a devolver cerca de R$ 6 milhões do orçamento do Legislativo que seriam usados na construção de um prédio anexo ao Legislativo. “Isso é fruto do esforço e da economia de todos os vereadores”, disse Sebastião Mainardes (DEM), presidente da Casa de Leis. No entanto, de acordo com a gestão de Marcelo Rangel (PSDB) a devolução já era aguardada e será usada no pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores.

Sindicato nega motivação política

Durante o uso da tribuna da Câmara, Leovanir Martins ressaltou que o movimento dos servidores não tem “partido político”. “Nosso partido político é nosso reajuste salarial, um direito moral do trabalhador. Queremos deixar isso muito claro para fazer com que a greve não sirva de palanque para esse ou aquele candidato ou político. Nós também não queremos ser usados”, afirmou o presidente do Sindicato. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE