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Péricles apresenta estudo para desenvolvimento sustentável da ‘APA’

Estudo foi realizado pela UEPG e garante desenvolvimento da área de preservação ambienta (APA) da Escarpa Devoniana

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Da Redação

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) entregou ao deputado Péricles de Holleben Mello (PT) um estudo, encomendado pelo parlamentar, que elabora “Diretrizes para o desenvolvimento rural sustentável na Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana”. A informação havia sido adiantada pela reportagem do Jornal da Manhã e do portal aRede em fevereiro deste ano.

Na manhã da última quarta-feira, 20, o material foi apresentado ao deputado e ao reitor eleito da UEPG, Miguel Sanches Neto, pelo professor Carlos Hugo Rocha - um dos coordenadores do Laboratório de Mecanização Agrícola (Lama) da UEPG, responsável pela pesquisa.

O próximo passo será remeter o trabalho à apreciação da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), presidida pelo deputado Rasca Rodrigues, e à Promotoria Pública de Meio Ambiente. Depois disso, está programada a apresentação para a comunidade no próximo dia 6 de julho.

“A ideia é reunir toda a comunidade, representantes do agronegócio e da agricultura familiar, do turismo e dos municípios que fazem parte da APA. Vamos chamar ambientalistas, associações rurais, comerciais e industriais, enfim, todos que de alguma forma desenvolvem algum tipo de atividade na Escarpa Devoniana. Nossa intenção é iniciar um diálogo profundo a partir desse estudo elaborado pela UEPG”, disse Péricles.

O deputado conta que a pesquisa está recebendo contribuições de vários departamentos da UEPG, como Turismo, Geociências, História, Letras, além de instituições que preservam o Patrimônio Histórico e de algumas empresas. “Muitos professores doutores estão com a gente, como Jasmine Moreira, Gilson Burigo, Niltonci Chaves, entre outros. Além deles, o Grupo de Pesquisas Espeleológicas – Gupe, coordenado por Henrique Pontes, pessoas ligadas à Cultura e o escritório de arquitetura do professor Joel Larocca. Queremos também que todos os departamentos da UEPG se juntem a essa iniciativa”, defende Péricles.

Eixo fundamental da proposta

Um dos eixos fundamentais da proposta é o turismo sustentável e o estudo pode, inclusive, servir como base para elaboração de planos diretores de turismo para os municípios que a APA da Escarpa abrange, segundo o parlamentar. “Podemos restaurar ramais ferroviários abandonados, malhas viárias, construir estradas-parque, ciclovias e uma série equipamentos de infraestrutura para o Turismo. Tudo isso, depois de uma discussão aberta, democrática, que contemple todos os atores, acompanhada por servidores públicos que atuam na Justiça Restaurativa, com o Centro Judiciário para Solução de Conflitos e Cidadania – Cejusc – e a promotoria de Meio Ambiente”, diz Péricles, salientando que a partir do diálogo pode ser gerado um novo modelo de desenvolvimento da Região dos Campos Gerais tendo a UEPG e o governo do Estado do Paraná como mobilizadores do processo.

Diretrizes da pesquisa

As diretrizes da pesquisa estão divididas em cinco tópicos principais e a UEPG deve sintetizar o material na forma de e-book a pedido do deputado Péricles. Para o professor Carlos Hugo, “devemos buscar alternativas inteligentes e criar uma situação em que todos possam ganhar, sociedade, empresas e produtores rurais. Esse estudo aponta direções para isso”.

Segundo a proposta feita pelo Lama, a primeira providência a ser tomada em relação à APA é a “conservação de habitats e paisagens remanescentes”. Para isso, o estudo sugere estabelecer diálogo com as comunidades para identificar demandas e oportunidades específicas para conservação, incentivando a criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural, as RPPNs, ou Resevas Legais Compensatórias, por exemplo, que geram renda para os proprietários de terras.

Outra ação que seria definidora para o desenvolvimento rural sustentável é a recuperação e conservação de áreas de preservação permanente, identificando paisagens prioritárias para uma ação coordenada. Nesse momento, em casos que houve degradação ambiental, se desenvolveriam negociações a partir de termos de ajuste de conduta.

Na esteira disso, fomentar a mitigação de espaços ambientais dos sistemas de produção agrosilvopastoril seria o próximo passo. Uma das ações possíveis seria um programa de conservação de solos incentivando o manejo de pragas, doenças e ervas daninhas com consequente diminuição do uso de agrotóxicos.

A pesquisa feita pela UEPG considera a necessidade da utilização da APA para geração de riqueza e distribuição de renda, por isso a quarta diretriz propõe fomentar alternativas sustentáveis para manejo dos recursos naturais da APA. Desse modo, seriam apoiados sistemas agroecológicos de produção, incentivando também o agroturismo, o turismo rural, ecoturismo e turismo de aventura. Tudo isso aliado a uma ação de marketing para surgimento de novos produtos sustentáveis e orgânicos com o apoio das cooperativas existentes na região, contemplando grandes, médios e pequenos produtores.

Por fim, e não menos importante, seria garantir a qualidade da água para consumo humano e para produção. Nesse sentido, é essencial que as bacias hidrográficas de mananciais de abastecimento urbano sejam mapeadas e recuperadas quando necessário. A criação e revitalização de áreas de lazer nas proximidades das bacias, além de gerar renda, ajudaria na preservação.

As informações são da assessoria. 

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