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Campanha Abril Lilás alerta sociedade sobre o câncer de testículo

Doença atinge mais jovens e adultos entre 15 e 35 anos e 60% das mortes ocorrem em pacientes com menos de 40 anos; médico urologista orienta sobre a importância do autoexame para o diagnóstico precoce

3.700 pacientes morreram em decorrência da doença entre 2012 e 2021
3.700 pacientes morreram em decorrência da doença entre 2012 e 2021 -

Da Redação

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A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza ao longo deste mês a campanha Abril Lilás, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a incidência de câncer de testículo. Apesar de rara, a doença atinge mais homens em idade reprodutiva e é mais comum em jovens e adultos entre 15 e 35 anos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 3.700 pacientes morreram em decorrência da doença entre 2012 e 2021, sendo que os pacientes entre 20 e 39 anos representam 60% das mortes. 

“Assim como ocorre com outros tumores, o diagnóstico precoce do câncer de testículo é fundamental para aumentar as chances de cura, pois é um tipo de câncer que costuma evoluir de forma muito rápida se não for tratado. Por isso, a recomendação é que todos os jovens e adultos façam o autoexame dos testículos periodicamente e procurem um médico caso encontrem algum caroço ou sinal diferente”, explica o médico urologista Paulo Jaworski, professor titular de urologia da Faculdade Evangélica Mackenzie e diretor científico do Uroville – Urologia Avançada.

Entre os sintomas estão o surgimento de caroço ou inchaço dos testículos (mesmo que indolor), alterações na textura dos testículos, desconforto na parte baixa da barriga ou das costas, fraqueza, tosse e falta de ar. O fator de risco mais importante é a criptorquidia, condição em que um dos testículos não se localiza na bolsa escrotal. Histórico familiar, alterações genéticas (por exemplo a trissomia do cromossomo 21) e exposição prolongada à radiação (por tratamento ou por ocupação) são outras causas relacionadas à doença. 

“A realização de atividades físicas de alto rendimento não tem relação com o surgimento do câncer de testículo. Como a incidência é maior em pessoas jovens, muitos atletas de alta performance acabam sendo diagnosticados com a doença, mas a maioria consegue se curar e manter a rotina de alta performance após o tratamento”, ressalta o médico.

O tratamento inicial é cirúrgico, com a retirada do testículo doente (orquiectomia). O uso de medicamentos quimioterápicos, radioterapia e cirurgias complementares pode ser necessário, a depender do grau da doença. De maneira geral, é considerado um tumor com grandes chances de cura, mesmo quando o diagnóstico é feito em estadiamentos mais avançados. Em todo o Brasil, cerca de 25 mil cirurgias de orquiectomia foram realizadas nos últimos cinco anos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Da assessoria

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