Servidores licenciados para disputar eleição custam R$ 849 mil em PG | aRede
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Servidores licenciados para disputar eleição custam R$ 849 mil em PG

Lei eleitoral garante remuneração integral para o servidor que estiver em campanha. A área mais afetada com a saída de funcionários é a Saúde

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Afonso Verner

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Lei eleitoral garante remuneração integral para o servidor que estiver em campanha. A área mais afetada com a saída de funcionários é a Saúde

Servidores públicos municipais de carreira representam mais de 10% do total de candidatos a cargos eletivos em Ponta Grossa. Como já é de costume, a participação do funcionalismo na disputa eleitoral teve uma marca considerável e 57 servidores de carreira foram afastados das funções para participar do pleito. Durante esse período, a Prefeitura empenhou mais de R$ R$ 849 mil no pagamento dos salários desses funcionários que, mesmo afastados, seguem recebendo os honorários integralmente.

Segundo um levantamento do Sindicato dos Servidores (SindServ), a maioria dos funcionários públicos que está na disputa trabalha originalmente na área na Secretaria Municipal Saúde. De acordo com o levantamento do órgão, 23 dos 56 servidores afastados trabalhavam no atendimento público da Saúde – entre eles está José Carlos Raad, o Dr. Zeca, atual vice-prefeito e candidato a vereador.  Além de Zeca, outros três médicos se afastaram da função para a disputa.

Leovanir Martins, presidente do Sindicato, lembra que o afastamento com o pagamento de remuneração integral é garantido pela Lei Eleitoral. Os dados do sindicato mostram ainda que a segunda área que mais perdeu servidores durante o pleito eleitoral é a Secretaria Municipal de Educação (SME), com oito funcionários que lançaram candidaturas. Na sequência o setor que mais perdeu funcionários foi a Assistência Social (SMAS) com seis baixas.

A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), órgão que recebe orçamento da Prefeitura, também entrou no levantamento do SindServ. De acordo com os dados do Sindicato, cinco servidores de carreira da Câmara deixaram as funções para buscar um cargo, agora de vereador, no Legislativo Municipal.  Entre os funcionários de carreira afastados está Elizeu Chociai, auditor fiscal da Prefeitura e candidato a vice na chapa de Aliel Machado (REDE).

Os dados do Sindicato mostram ainda quais são as coligações que disputam o Poder Executivo que mais receberam servidores afastados. A coligação do atual prefeito Marcelo Rangel (PPS), Ponta Grossa no Rumo Certo, conta com 25 servidores no grupo. O grupo de Aliel Machado (REDE), Cidade forte e para todos, tem, de acordo com os dados do SindServ, 11 funcionários de carreira que postulam cargos eletivos.

Na sequência está a coligação de Julio Küller (PMB), Juntos podemos mais, com 16 servidores municipais afastados disputando o pleito. A coligação Unidade Popular, liderada por Professor Gadini (PSOL) conta com dois servidores licenciados no pleito, assim como o grupo de Leandro Soares (PPL), também com dois funcionários públicos – Leandro lidera uma chapa pura do Partido Pátria Livre.

Maior despesa é na Saúde

A maior despesa com o afastamento de servidores está na Secretaria Municipal de Saúde que durante os três meses do período pagou mais de R$ 448 mil em salários aos funcionários que estão em campanha, já a Secretaria Municipal de Educação (SME) gastou R$ 105 mil com honorários. O setor de Assistência Social registrou um gasto de R$ 67 mil com a remuneração dos servidores e a Secretaria Municipal de Administração (SMA) investiu R$ 43 mil (veja o quadro ao lado).  A menor despesa está na Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) e na Secretaria Municipal de Planejamento (SMP), cada área com uma licença provocada pela eleição. 

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