Prefeituráveis salientam eficiência e economia necessárias no transporte

Na primeira edição da série ‘Debates’, candidatos discutem propostas para o transporte no município.

O Jornal da Manhã  e Portal aRede iniciam nessa quinta-feira (25) a série ‘Debates’. Durante as próximas quatro semanas, o JM discutirá as propostas dos candidatos para os temas de Segurança, Habitação, Educação e Saúde. Na primeira rodada de discussão, os prefeituráveis apresentaram questões sobre melhorias no transporte público coletivo, monopólio no setor e também opções para os cidadãos que optam pelo uso do carro particular.

O atual prefeito, Marcelo Rangel (PPS), ressaltou que o transporte deve ser, principalmente, “eficiente” para a população. O prefeito destacou que atualmente e município tem a frota mais nova do Paraná e totalmente preparara para passageiros com deficiência. Já o deputado federal Aliel Machado (REDE) lembrou que o transporte público também deve ser pensado na ótica do pedestre e do ciclista. “É preciso cuidar das calçadas e instalar bicicletários bem localizados e seguros”, lembra Aliel.

Leandro Soares, candidato do PPL, afirma que o transporte público no município tem servido como “trampolim político para políticos” e ressalta negativamente a continuidade do monopólio e os problemas nos horários de pico. Julio Küller, nome do PMB em 2016, aposta na melhoria das obras de pavimentação entre bairros e na criação de estacionamentos subterrâneos na região central.

O candidato do PCdoB e PSOL, Professor Gadini, pondera que atualmente o sistema públuico de transporte não tem uma gestão transparente e carece de qualidade. Gadini afirma que, caso eleito, irá auditar o atual contrato de concessão e realizar audiências públicas para discutir o tema.

Tema também é debatido no Legislativo

Na sessão dessa quarta-feira (24), o Legislativo Municipal arquivou o projeto de lei 173/2014 de autoria de Antonio Laroca Neto (PDT). A medida previa uma alteração da lei 7.018 que rege a concessão do serviço de transporte público – na prática a alteração obrigaria a empresa Viação Campos Gerais (VCG) a divulgar o número de passageiros atendidos diariamente no transporte coletivo em Ponta Grossa.

Atualmente também tramita no Legislativo Municipal uma iniciativa que prevê a abertura de licitação para as novas linhas na cidade – esse projeto é de Antonio Aguinel e acabaria com o monopólio da VCG no município. Antes da votação do projeto, Laroca (PDT) usou a Tribuna para sustentar que o projeto era sim constitucional e não deveria ser arquivado. “

Sérgio Gadini (PSOL)

Mobilidade urbana pressupõe planejamento e a garantia do direito a um transporte público eficiente, de qualidade e tarifa acessível, além de uma gestão transparente. Características estas que o atual sistema local não possui, pois carece de fiscalização e os gestores, até o momento, nada fizeram para rever o sistema. A Unidade Popular vai auditar o contrato de concessão e realizar audiências públicas para rever a legislação do transporte coletivo. De imediato, racionalizar a malha e o fluxo de ônibus na oferta de mais linhas e maior agilidade. Implantar ciclovias nas principais vias de circulação e, em médio prazo, apresentar estudo sobre a viabilidade de condições técnicas e operacionais para criação de uma Empresa Pública de Transporte Coletivo de Ponta Grossa.

Aliel Machado (REDE)

O transporte público é uma das questões centrais do nosso projeto. Uma das metas é a aproximação dos usuários com o sistema. Uma equipe de engenheiros de tráfego levantou os principais problemas e apontou soluções. Entre elas estão os chamados BRTs, que serão empregados em cinco grandes eixos, com estações de integração no trajeto, tornando desnecessária a ida dos alimentadores até os terminais. Isso melhoraria a vida de quem precisa do transporte público, que deve ser incentivado, e de quem atravessa a cidade de carro. Mas o pedestre e o ciclista também terão prioridade em nossas propostas. Para isso é preciso cuidar das calçadas e instalar bicicletários, bem localizados e seguros. As ciclovias serão ampliadas, pois hoje são insuficientes.

Júlio Küller (PMB)

O prefeito de uma cidade importante como Ponta Grossa tem a obrigação de ser um bom administrador.  Não adianta o município ter dinheiro, mas não saber como investir para resolver os problemas. Com planejamento certo, teremos em 10 anos todas as ruas da cidade asfaltadas. E nos próximos 4 anos vou começar a executar esse projeto com recursos do Fundo Municipal da Pavimentação. Com o programa Novos Caminhos, iremos pavimentar as ligações urbanas bairro a bairro, assegurando maior fluidez e segurança ao trânsito. Também vamos construir ciclo faixas em determinadas ruas e estimular a criação de estacionamentos subterrâneos e aéreos no centro. Ponta Grossa precisa avançar. E eu estou pronto para esse desafio.

Leandro Soares (PPL)

Desde o ano de 1930, o transporte coletivo urbano tem servido de trampolim para políticos de conduta duvidosa. Da Auto Viação Pontagrossense até a atual Viação Campos Gerais (VCG), quatro questões persistem até hoje e o que se vê é a continuidade do monopólio, pouca oferta nos chamados horários de queda, super lotação nos horários de pico, preço da tarifa e falta de fiscalização. O apelido que se dava os veículos nos anos de 1950 e 1960, qual seja “cacarecos amarelos” e hoje deram o apelido de “micro ônibus” aos veículos de menor porte em circulação. Qual é o problema então? O problema está na chamada base parlamentar da Câmara de Vereadores, que até agora aprovou tudo que foi mandado pelo Poder Executivo Municipal nada mais.

Marcelo Rangel (PPS)

O mais importante é que o transporte seja eficiente. Queremos melhorias importantes para que essa seja uma opção cada vez mais eficiente e mais econômica. E começamos a mudar tudo: temos a frota mais nova do Paraná, 100% dela preparada para pessoas com deficiência; implantamos incentivos ao transporte público, como o passe livre, o cartão integração (que permite tomar mais de um ônibus pagando só uma tarifa) e ainda as bases para o futuro: linhas “Sem Parar”, ligando os terminais de bairro ao Central e a Linha Direta, entre os terminais periféricos. O próximo passo é universalizar a integração, implantar corredores exclusivos e o ônibus digital, que oferece acesso digital e é monitorado por todos os usuários, em tempo real.