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Arte como terapia é aliada de tratamentos médicos

Casa Leonardo conta com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais da Terapia Ocupacional, Psicologia e das Artes

Casa Leonardo conta com uma equipe multidisciplinar composta  por profissionais da Terapia Ocupacional, Psicologia e das Artes
Casa Leonardo conta com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais da Terapia Ocupacional, Psicologia e das Artes -

Da Redação

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Utilizar a arte como terapia. Esta é uma alternativa que vem dando certo para muitas patologias e em todas as idades. “Recebemos pacientes a partir de um ano de idade”, conta a coordenadora da Casa Leonardo, a artista plástica, Cristina Sá, que inovou no ramo da terapia ocupacional aliada às artes, tendo, inclusive, firmado parceria com a cooperativa Unimed para receber pacientes com indicação médica.

Para receber os pacientes, a Casa Leonardo conta com uma equipe multidisciplinar composta  por profissionais da Terapia Ocupacional, Psicologia e das Artes. Juntos, eles recebem grupos ou fazem sessões individuais. “Tudo pelo bem estar de cada um dos pacientes”, conta a psicóloga Elaine Cristina Abrão, destacando que, apesar de trabalhar com os diversos tipos de artes, o foco da arte com terapia não é o produto final, mas sim o resultado, seja ele emocional, ou até mesmo físico, com a melhora da questão motora e dos movimentos finos, por exemplo. “Nosso trabalho entra em paralelo com os tratamentos médicos convencionais. Ajudamos nas dificuldades dos pacientes, inclusive dando independência às pessoas que não tem ou a perderam”, completa a profissional da Psicologia. Mas os resultados, conforme a equipe, não aparecem do dia para a noite. “Terapia é um processo. Tem que ter comprometimento”.

De acordo com a terapeuta ocupacional Priscilla Andrade, o acompanhamento das pessoas na realização das atividades artísticas demonstra a melhora da disposição e da saúde dos indivíduos. “A Terapia Ocupacional é o processo de comunicação que opera através da tríade terapeuta-paciente-atividade”, explica a profissional, completando que esta tríade facilita a relação de vínculo.

As indicações da Arte como Terapia apresentam melhoras em diagnósticos de Depressão, Ansiedade, Autismo, Síndrome de Asperger, Down, Esquizofrenias e diversas outras patologias. “Também há casos em que não há um diagnóstico definido, e que nos procuram. E mesmo assim vão apresentando melhoras”, comenta a psicóloga, lembrando-se de diversos casos em que há diagnóstico tardio.

Assim foi o caso de Paola, que conta com dois de seus três filhos com autismo. “Avalio que meu primeiro filho, que já está com 11 anos, teve o diagnóstico tardio. Ele passou por diversos médicos, mas somente aos 5 anos que descobrimos que o Matheus tinha autismo”, recorda, lembrando que antes do diagnóstico, os médicos tratavam como se ele fosse um menino hiperativo. Para Paola, a descoberta facilitou já que assim pode buscar alternativas para o filho.

Com a experiência com o Matheus, o diagnóstico de seu terceiro filho, o Felipe, veio mais facilmente. “Já percebi que ele tinha algumas características do irmão”, conta Paola. Na Casa Leonardo, ela encontrou para seus três filhos. “Antes quem ficava deslocada lá em casa era a Sara, que não tem autismo, porque era a única diferente. Hoje todos podem ter a mesma atividade”, exulta.

Paola conta que após a arte com terapia seus filhos passaram a interagir e a se expressar melhor com ou outros. “Eles podem conversar, se expressar e colocar o que pensam. Além disso, ficam livres para fazer o que gostam. Nada é imposto”, destaca, explicando que os estímulos são diferenciados e visuais, o que é muito importante nos casos de autismo.

Conforme a artista Simone Pereira Lupepsa, todas as atividades são direcionadas, mas voltadas a que cada paciente quer fazer, seja desenho, mosaico, pintura, gesso. “É bem aberto. O que queremos é uma interação social. O bem estar das pessoas”, destaca, destacando que com ou sem patologia, a arte com terapia deveria ser feita por todas as pessoas. “Hoje, se eu sou uma pessoa resolvida é por causa da arte. Ela abre a nossa parte simbólica, que está esquecida por grande parte das pessoas”, avalia.

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