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Governo do Estado bloqueia vagas para concurso da UEPG

Processo que afetará substancialmente o curso de Medicina, se arrasta por quase dois anos sem definição

Reitoria da Universidade manifestou insatisfação em nota oficial sobre o caso
Reitoria da Universidade manifestou insatisfação em nota oficial sobre o caso -

João Vitor Rezende

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Processo que afetará substancialmente o curso de Medicina, se arrasta por quase dois anos sem definição

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda (SEFA), não realizou a homologação de concurso para a contratação de professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) por “estar impossibilitado de contratar servidores devido ao limite prudencial dos gastos com pessoal”. Entre os departamentos mais afetados, destaca-se o curso de Medicina, que não poderá preencher as 31 vagas ofertadas pelo Edital nº 2/2016.

A primeira fase do concurso ocorreu no dia 27 de Setembro de 2016. Além do exame avaliativo, os candidatos também passaram por uma prova de títulos, com avaliação do currículo Lattes dos candidatos, e uma Prova Didática, onde os postulantes a vaga ministram uma aula para a banca examinadora.

Em nota publicada no site oficial, a Reitoria demonstrou notório descontentamento com a ação tomada, lamentando “a infeliz decisão depois de tantas idas e vindas do processo e da demora na tomada da decisão (quase dois anos), e rebate veementemente qualquer situação ao longo do processo que não tenha fundamentação dentro da legislação pertinente”.

O comunicado ainda informa que a Reitoria tomará as medidas administrativas e legais cabíveis sobre o caso, junto ao judiciário paranaense, para garantir a posse dos candidatos selecionados, e também da própria UEPG, como dos cursos e dos candidatos aprovados.

A doutora Janete Machozeki é a única candidata aprovada para a especialidade de Endocrinologia. Aguardando pelo resultado, Machozeki afirma que assumiria a vaga caso fosse convocada. Atualmente, ela exerce a profissão de maneira autônoma, em um consultório localizado no centro de Ponta Grossa.

Janete relata ter ficado decepcionada ao ver mantida a não homologação do concurso. A mestre em Ciências da Saúde garante que pensa em entrar com ações judiciais contra o Estado, além de lamentar a demora para resolução do caso: “Além dos prejuízos financeiros, essa situação abala também o lado emocional, após o esforço para fazer a prova, os planos feitos para assumir”.

Influência indireta no HU

Sem impactos em um primeiro momento, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) poderá ser afetado indiretamente pela medida do Governo estadual. O professor e diretor do Hospital, Everson Augusto Krum, revela que o centro médico pode ser influenciado por terem diversas atividades desenvolvidas por professores com alunos, entre elas a Neurologia. Everson explica que o HU não depende dos professores, e sim, que o trabalho dos docentes complementa a atuação dos profissionais no local.

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