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Período de forte estiagem aumenta o risco de queimadas

Indicadores apontam que número de incêndios vegetais crescem no segundo semestre

Corpo de Bombeiros alerta população para medidas preventivas contra focos de incêndio
Corpo de Bombeiros alerta população para medidas preventivas contra focos de incêndio -

João Vitor Rezende

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Indicadores apontam que número de incêndios vegetais crescem no segundo semestre

O início do segundo semestre é uma época que preocupa o Corpo de Bombeiros e demais órgãos de segurança e preservação ambiental pelo risco de queimadas. Com mais de duas semanas de estiagem em Ponta Grossa, a atenção é redobrada no período.

Em Ponta Grossa, 85 ocorrências de incêndio em vegetações foram registradas neste ano. Só em julho, foram 26 chamados atendidos por esta causa, número correspondente a 30% dos atendimentos em 2018.

Porém, os números de 2017 indicam que o período com o maior número de incidências ainda está por vir. Em agosto, foram registradas 65 queimadas e no mês seguinte o número foi ainda maior, com 96 registros.

O capitão do 2º Grupamento de Bombeiros de Ponta Grossa, André Lopes, confirma o alerta e relata que a demanda da corporação está se encaminhando para um período de pico. No momento, a média é de cinco atendimentos diários, podendo chegar de 10 a 15 em situações extremas.

Porém, nem todos estes atendimentos são feitos com a guarnição completa dos bombeiros. Lopes certifica que metade dos chamados são resolvidos rapidamente, com orientações e medidas circunstanciais feitas em conjunto com um processo de triagem. Se a extensão do foco e o risco de atingir outras residências for considerado pequeno, o grupamento tem o deslocamento restringido.

O capitão repassa algumas orientações para que este número de casos seja menor. Lopes destaca a limpeza e proteção de terrenos privados, como barracões e plantações, e também destaca a importância de comunicar a prefeitura sobre terrenos baldios.

Sem chuva

Segundo dados do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Ponta Grossa já está na região entre 18 e 21 dias sem registrar precipitações superiores a 5mm. Em outras áreas do Paraná, a seca é ainda maior. As regiões Norte e Noroeste, além de outras cidades no centro do estado e até municípios dos Campos Gerais como Telêmaco Borba, já estão há mais de 30 dias sem chuva.

A previsão do tempo indica chuva em Ponta Grossa apenas para a próxima semana. Na terça-feira (24), a expectativa é de 60% de probabilidade de chuva com 12 mm. Mesmo com esses dias sem chuva, o índice de déficit hídrico da região é baixo.

Consultados pela reportagem, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) salientou que tem processos regulares de medidas preventivas.  No caso do Parque Estadual de Vila Velha, os funcionários são capacitados pelo próprio Corpo de Bombeiros e podem atender alguma emergência que venha a acontecer dentro da própria Unidade de Conservação.

Outros artifícios como a conscientização e educação ambiental com moradores e, principalmente, visitantes do parque quanto aos possíveis riscos também são utilizados. Além disso, existe um frequente intercâmbio de informações e contato direto entre servidores do IAP, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Ambiental para atualização de riscos e mitigação de qualquer dano que por ventura possa ocorrer.

Lei contra queimadas

Em dezembro de 2017, a Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou em segunda discussão um projeto para inibir as queimadas na cidade. A proposta de autoria da vereadora Professora Rose (PSB) prevê casos de punição em que a queimada for realizada por um particular ou pelo dono do imóvel com multa de 10 VRs (valores de referência), cerca de R$ 750,00 e, em caso de reincidência, a multa será dobrada. Nas situações em que a queimada for realizada em passeios públicos, terrenos baldios ou terrenos públicos a multa será 15 VRs, cerca de R$ 1,1 mil e em caso de reincidência também poderá ser dobrada.

Outros casos

Em algumas situações, outros órgãos podem alertar os Bombeiros sobre focos de incêndio. Entre eles concessionárias de trânsito, como a CCR Rodonorte. Além das estradas, existem as faixas de domínio, uma margem da rodovia que também está de responsabilidade da empresa e que pode mudar a cada trecho de acordo com algumas variáveis (como o fato de se tratar de uma área urbana ou rural, por exemplo).

Quando o incidente ocorre fora deste limite mas interfere no bom andamento do tráfego na rodovia, e o Corpo de Bombeiros ainda não foi acionado, a concessionária também pode acionar a brigada de incêndio local.

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