Justiça decreta prisão de suspeito de estuprar criança

Rapaz de 27 anos negou que tenha consumado o ato e disse que sua intenção era apenas dar um susto na mãe da vítima

A Justiça decretou a prisão preventiva do rapaz de 27 anos suspeito de raptar e estuprar uma criança de cinco anos no bairro de Uvaranas, em Ponta Grossa, durante o domingo (15). O suspeito foi conduzido até a Cadeia Pública Hildebrando de Souza, onde aguardará o julgamento do caso. Na decisão, o juiz Pedro Henrique Betio considera o suspeito de alta periculosidade, apesar dele não ter antecedentes criminais.

“Trata-se de provável estupro e tentativa de homicídio contra uma criança de 5 anos de idade, que foi retirada de sua casa pelo autuado e com ela se dirigiu a outra residência próxima polícia depois de acionada precisado realizar buscas nos arredores”, justifica o juiz, no despacho. “Como se tratam de crimes de extrema gravidade, a prisão se impõe mesmo não tendo o autuado antecedentes”, complementa o juiz, ressaltando que o suspeito é vizinho da vítima, o que geraria situação de risco para que novos crimes fossem praticados.

De acordo com a decisão judicial, o depoimento das testemunhas e o relato dos policiais que atenderam à ocorrência apontam que tanto o suspeito quanto a vítima estavam sem roupas quando os policiais encontraram os dois, numa casa abandonada perto das residências de ambos. Além disso, o jovem estava esganando a criança, que já estava desacordada. A menina apresentava lesões, mas apenas laudos realizados pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa poderão confirmar qual se o ato sexual foi consumado – embora o crime de estupro já seja confirmado apenas pelas circunstâncias já descritas na matéria.

Em entrevista ao repórter Jeferson Cascavel, o suspeito negou que tenha cometido o estupro e garantiu que queria apenas “dar um susto” na mãe da criança. O rapaz contou que estava bebendo com a mãe da vítima e os dois tiveram uma discussão. Por isso, ele invadiu a residência vizinha e raptou a criança.

Quando questionado se cometeu o estupro, ele disse que não chegou a consumar o ato e reconheceu que foi encontrado sem roupas, assim como a menina. A entrevista do suspeito pode ser conferida no player acima. Para se adequar ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o rosto e a voz do suspeito foram distorcidas para evitar que ele fosse identificado e, consequentemente, que a vítima do crime também fosse reconhecida.