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Temer recorre à força e deputados de PG reagem

Aliel Machado (PSB) e Sandro Alex (PSD) criticaram atitude do presidente em apostar na força para debloquear rodovias

Presidente decidiu acionar forças de segurança para debloquear rodovias. Em PG e região não há pontos de bloqueio
Presidente decidiu acionar forças de segurança para debloquear rodovias. Em PG e região não há pontos de bloqueio -

Afonso Verner

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O governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento. O anúncio foi feito na tarde de sexta-feira pelo presidente Michel Temer (MDB), em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que contou com a participação de ministros e do presidente.

"Quero anunciar um plano de segurança imediato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fiquem sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo teve a coragem de dialogar, agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro." 

Na quinta-feira (24), os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram acordo para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias, quando as partes voltarão a se reunir. No entanto, na sexta-feira (25) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país.

A decisão de suspender a paralisação, porém, não é unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, duas delas, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta. Em Ponta Grossa e nos Campos Gerais, por exemplo, todos os pontos de mobilização seguiam ativos e sem previsão de fim da greve.

A decisão de Temer em usar a força causou repercussão e polêmica no meio político. Os deputados federais Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (PSB) reagiram ao anúncio com duras críticas.

“Desastrosa e equivocada”, diz Sandro Alex sobre decisão de Temer

O deputado federal Sandro Alex (PSD) divulgou um vídeo em que faz duras críticas a decisão do presidente Michel Temer (PMDB) em mobilizar o Exército, Força Nacional, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) para liberar as rodovias bloqueadas pelo protesto dos caminhoneiros e transportadores. “Estou visitando os caminhoneiros e não há bloqueio nas estradas”, disse Sandro.  

O deputado federal classificou a declaração de Temer como “desastrosa e equivocada”. “Os caminhoneiros estão unidos em um objetivo legítimo. Quem saiu da mesa de negociação foi o Governo Federal, quando deixou de discutir uma redução na alíquota de PIS e COFINS. Essa reação do Governo é um ato de violência contra uma manifestação que é pacífica e tem o apoio da maioria absoluta da população”, explicou Sandro.

“Estamos do lado de quem tem razão”, diz Aliel

O deputado federal Aliel Machado (PSB) esteve nesta sexta-feira (25) junto com os caminhoneiros em Telêmaco Borba e Imbaú, na região dos Campos Gerais. O parlamentar reforçou o apoio ao movimento pela luta justa e criticou a forma como o governo de Michel Temer (MDB) vem tratando a categoria.  "É uma falta de respeito deste governo com toda a sociedade. Estamos do lado de quem razão de sobra pra protestar. Temos uma luta em comum, que é a redução do preço dos combustíveis", disse Aliel. O deputado já havia se manifestado esta semana e lembrado da ação em que é um dos autores (vencida em primeira instância) e que está há quase um ano parada na Justiça, onde questiona o reajuste do PIS-Cofins que encareceu o litro do combustível. Aliel pede agilidade no julgamento.

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