Comissão vistoria celas modulares no Cadeião

As celas modulares da Cadeia Pública Hildebrando de Souza passaram por uma vistoria da Comissão de Direitos Humano da Ordem dos Advogados do Brasil em Ponta Grossa (OAB-PG), na última semana. O Cadeião do Santa Maria vai receber, ao todo, seis ‘contêineres’ para reduzir a superlotação da unidade prisional. 

A presidente da Comissão, Kelly Dayane Drygla de Campos, considerou as estruturas em melhores condições do que as próprias celas do Hildebrando. Segundo a advogada, as celas possuem ventilação, áreas para banho de sol e sanitários. “A condição dos shelters (abrigos) é bem melhor que a das celas. Penso que, se respeitada a capacidade de cada shelter, a estrutura atenderá a sua proposta”, afirmou à reportagem do Jornal da Manhã e Portal aRede. “Infelizmente, os detentos no Hildebrando, em virtude da superlotação, vivem em condições sub humanas. Qualquer espaço que seja oferecido torna-se melhor do que as celas, ainda que esteja longe de ser o adequado”, avaliou Kelly. 

Em vistoria à unidade, a Comissão da OAB-PG também confirmou a instalação de estruturas para reforçar a segurança dos agentes carcerários que atuam no Cadeião do Santa Maria. Quanto a segurança, A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) vai instalar grades no entorno das celas modulares, criando corredores para que os agentes possam transitar pela unidade com o mínimo contato com os detentos. Ao todo, o Hildebrando de Souza vai receber seis shelters. Os primeiros já foram transferidos para Ponta Grossa e estão em fase de instalação. De acordo com o Departamento de Administração Penitenciária do Estado do Paraná (Depen), no momento são realizadas obras para ligar as celas à rede de água e energia. A previsão é que os trabalhos se estendam por um mês ou mais. Somente após a conclusão, os presos serão transferidos. Cada unidade tem capacidade para 12 presos. Ou seja, a intenção da SESP é abrir 72 vagas. 

Novas obras devem ampliar vagas

Além da instalação das celas modulares na Cadeia Hildebrando de Souza, o município de Ponta Grossa deve ganhar um Centro de Triagem de presos. A expectativa é que as obras comecem ainda neste ano. De acordo com o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), que acompanha o processo, o projeto da unidade prevê mais de 500 novas vagas no sistema prisional e depende apenas da definição de um terreno para sair do papel. As obras devem ser realizadas em caráter emergencial.