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Professora representa UEPG em oficina por teleconferência

A teleconferência ocorreu no âmbito das atividades de capacitação desenvolvidas dentro da Rede Paranaense de Atenção à Saúde Bucal do Estado

Ana Cláudia Rodrigues Chibinski, tratou de tema relacionado à Odontologia Minimamente Invasiva e Tratamento Restaurador Atraumático (ART)/Foto: Divulgação
Ana Cláudia Rodrigues Chibinski, tratou de tema relacionado à Odontologia Minimamente Invasiva e Tratamento Restaurador Atraumático (ART)/Foto: Divulgação -

A teleconferência ocorreu no âmbito das atividades de capacitação desenvolvidas dentro da Rede Paranaense de Atenção à Saúde Bucal do Estado

A professora doutora do Departamento de Odontologia da UEPG, Ana Cláudia Rodrigues Chibinski, tratou de tema relacionado à Odontologia Minimamente Invasiva e Tratamento Restaurador Atraumático (ART), no âmbito das atividades de capacitação desenvolvidas dentro da Rede Paranaense de Atenção à Saúde Bucal do Estado, na sexta-feira (13 de Abril), na sede da III Regional de Saúde – Ponta Grossa (Rua Doutor Paula Xavier, 743 – Vila Estrela). O evento de saúde teve organização através da coordenação de saúde bucal na pessoa de Erika Feller. A professora Ana Cláudia representou a UEPG na teleconferência que teve na organização também a Secretaria de Estado da Saúde.

Como relata Ana Cláudia a teleconferência foi transmitida em tempo real para todas as regionais de saúde do Paraná, ou seja, 22 regionais que abrangem todo o Estado. Participaram da atividade cirurgiões-dentistas que atuam na Rede Pública de Saúde dos mais de 300 municípios do Paraná. A Rede de Atenção à Saúde Bucal busca estimular a promoção da saúde, prevenção e o controle das doenças bucais, com ações de educação permanente dos profissionais da área, objetivando a melhoria do atendimento aos cidadãos paranaenses de todas as idades.

Conceitos Contemporâneos

Por este contexto, busca-se a implantação de uma filosofia de tratamento odontológico condizente com os princípios da Odontologia Minimamente Invasiva e Tratamento Restaurador Atraumático para controle da doença cárie, que foi o objeto principal da videoconferência, segundo Ana Cláudia. A videoconferência dividiu-se em dois momentos. Na manhã da sexta-feira, os profissionais foram capacitados a respeito da Odontologia Minimamente Invasiva e Tratamento Restaurador Atraumático (ART). A professora ressalta que a ideia central desses conceitos contemporâneos da Odontologia é tentar paralisar a progressão da doença cárie por métodos não invasivos ou minimamente invasivos.

A professora explica que no tratamento restaurador atraumático são associados métodos de controle de cárie não invasivos, como controle de dieta e higiene e fluorterapia a restaurações atraumáticas (quando já existem lesões cavitadas de cárie) e selantes ART. “A partir da remoção parcial e seletiva de dentina cariada, podemos realizar a restauração da cavidade e promover a remineralização da dentina afetada mantida na cavidade”. Desta forma, evitam-se os desgastes desnecessários de tecido dental e a necessidade de tratamentos odontológicos mais complexos, como endodontias e até mesmo exodontias.

Durante a manhã, Ana Cláudia conta que foram apresentados aos presentes os referenciais teóricos e casos clínicos com acompanhamento longitudinal de pacientes tratados nessa modalidade de tratamento restaurador. Quando salienta que se trata da linha de pesquisa na qual trabalha nos cursos de mestrado e doutorado em Odontologia da UEPG, ela posiciona que o momento possibilitou apresentar aos profissionais presentes à sua experiência pessoal como pesquisadora e dentista clínica dentro da Odontologia Minimamente Invasiva.

Restaurações ao Vivo

Para a tarde, houve um workshop de restaurações atraumáticas e selantes ART. Nesta dinâmica, a professora realizou as restaurações ao vivo e em tempo real, demonstrando em dentes extraídos toda sequência das etapas envolvidas na condução desses procedimentos. Paralelamente, em cada uma das regionais, os profissionais também acompanharam os passos descritos e realizaram as restaurações em modelos previamente preparados por eles. Nesta etapa, segundo Ana Cláudia, a preocupação foi treinar os profissionais e desenvolver as habilidades necessárias para a correta execução do procedimento.

Durante todo o tempo, houve interação com os profissionais que participaram da ‘workshop’. Eles puderam realizar perguntas e ‘tecer’ comentários, numa interação entre as regionais e a professora. Nessa atividade, ocorreu também a participação de Mayara Gevert, aluna do doutorado em Odontologia da UEPG. “O que se observa na literatura científica ao redor do mundo é que a implantação do Tratamento Restaurador Atraumático é capaz de modificar o atendimento odontológico em serviço público, ampliando o número de pacientes que recebem atendimento”.

Eficaz e Abrangente

Por ser uma técnica que não exige equipamentos sofisticados ou materiais caros, de acordo com Ana Cláudia, não requer modificações nos serviços para sua implantação e tem uma característica bastante interessante: “é um tratamento inclusivo, que pode ser indicado em dentes decíduos e permanente, em pacientes infantis, adolescentes e adultos, em pacientes portadores de necessidades especiais e idosos”. Desse modo, como acentua a professora, se constitui em um tratamento facilmente aplicado no serviço público.

Não exige investimento financeiro alto para ser aplicado, apenas investimento em capital humano – e a capacitação que já vem sendo feita pela Secretaria de Saúde, como ressalta Ana Maria. “Devemos mudar os paradigmas do modelo ultrapassado de Odontologia, que visava simplesmente a restauração de cavidades, com um ciclo restaurador repetitivo. O modelo agora proposto é mais eficaz e abrangente, ou seja, ao invés de restaurações, vamos tratar a doença cárie, controlando os fatores que influenciam na progressão e desenvolvimento das lesões”.

Saúde Bucal em Rede

Como um dos maiores projetos lançados no Paraná, a Rede de Atenção à Saúde Bucal visa garantir mais qualidade, eficiência e eficácia nos serviços públicos da área. O programa estende benefícios aos 399 municípios paranaenses. A rede mantém parceria com as universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Maringá (UEM), Londrina (UEL) e Oeste do Paraná (Unioeste) que recebem recursos do Estado direcionados a obras, equipamentos e oferta de cursos de capacitação para dar suporte aos profissionais da odontologia dos municípios.

A Rede preocupa-se em fortalecer a integração ensino-serviço e oferecer capacitação aos profissionais em saúde bucal, a exemplo de cirurgiões dentistas, técnicos e auxiliares de saúde bucal. Com lançamento em 03 de abril de 2014, em Londrina (PR), o evento que iniciou a trajetória da Rede Paranaense de Saúde Bucal e contou com a presença de mais de 800 pessoas, entre representantes dos municípios e universidades, e dirigentes de entidades ligadas à odontologia.

Mudar Conceito

A visão da Rede está em mudar o conceito da assistência à saúde, feita de forma pontual e isolada, para o de atenção à saúde em que o sentido “cuidador” é fortalecido. Os trabalhos da Rede visam a estimular a promoção da saúde, prevenção e o controle das doenças bucais, a partir de um modelo de gestão articulado com as demais áreas governamentais - e a sociedade civil.

Trata-se de iniciativa com bases definidas que traz em seus resultados o trabalho estratégico desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, em sua preocupação em investir na educação permanente dos profissionais da área. Nesta atenção, o objetivo é a melhoria do atendimento aos cidadãos paranaenses de todas as idades.

Informações Assessoria de Imprensa UEPG

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