Ciclista de PG quer superar limites em nova viagem

Será com uma média de 200 quilômetros pedalados por dia que o ciclista ponta-grossense Luciano Paiva, de 35 anos de idade, pretende chegar até Machu Picchu, no Peru. A viagem que terá duração estimada de 23 dias, contando a ida e a volta, totalizando 3.845 quilômetros percorridos, está programada para dezembro. “Pretendo realizar esse sonho durante as minhas férias”, conta ele que é funcionário de uma empresa do setor madeireiro no Distrito Industrial Cyro Martins. 

Diariamente, Paiva percorre 30 quilômetros em cima da fiel companheira. “Vou e volto do trabalho de bicicleta”, completa ele que mora no bairro da Ronda. Durante as folgas e finais de semana mais pedaladas. “Sempre que dá eu pego a estrada. Somente esse ano já percorri seis mil quilômetros em viagens curtas, normalmente de um dia cada. Fui, por exemplo, a Mafra, em Santa Catarina, recentemente”, detalha.

O roteiro da próxima aventura foi decidido graças à outra paixão: os documentários. “Acompanhei várias produções de expedições que passam por essa região. As paisagens impressionam”, conta Paiva. Em especial, o ciclista pretende passar pela estrada Camino a los Yungas, na Bolívia, que de tão perigosa é conhecida como “Caminho ou Estrada da morte”. “É um lugar impressionante e repleto de desafios”, afirma. Estreita, serpenteando uma montanha a 4,7 mil metros de altitude, e com precipícios de centenas de metros desprotegidos, a via chegou a ser considerada a “mais perigosa do mundo” pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento em 1990. 

Na bagagem, Paiva pretende levar uma muda extra de roupa, água e barras de cereais. “São coisas que não pesam muito. Caso contrário, perderei rendimento”, diz. Em média, a carga terá 15 quilos. 

Mesmo casado - hoje em um segundo relacionamento - e tendo um filho de 13 anos que é apaixonado por futebol, ele afirma que apoio não falta. “Todos entendem que quando estou em cima da bicicleta não existe mais nada. Só olho para frente”, concluiu Paiva.

Aventureiro busca patrocínio para consolidar projeto 

Para efetivamente realizar a viagem, Luciano Paiva precisará de  R$ 19 mil . “Estou buscando patrocínios. Nunca um ponta-grossense se arriscou em um projeto como esse”, enfatiza. A verba será empregada para se manter durante os pontos de paradas, adquirir alimentação necessária e água, bem como custear, em alguns trajetos, a presença de um guia. Paiva também terá consigo uma câmera fotográfica. “Pretendo registrar tudo e posteriormente lançar um livro”, finaliza. Interessados podem entrar em contato com ele pelas redes sociais.