Falsa comunicação de crime prejudica trabalho da polícia | aRede
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Falsa comunicação de crime prejudica trabalho da polícia

Patrulha Escolar teve problemas com a falsa comunicação de crime
Patrulha Escolar teve problemas com a falsa comunicação de crime -

Batalhão de Patrulha Escolar enfrenta problemas com casos de falsa comunicação de crime em Ponta Grossa.

O crescente número de comunicação de desaparecimento de adolescentes em Ponta Grossa vem preocupando as forças de segurança que tratam do assunto, principalmente o Batalhão da Patrulha Escolar, ligado a Polícia Militar (PM).

Segundo relatórios do próprio órgão, somente na última semana, três casos como esse foram registrados. O mais grave, aconteceu na quinta-feira passada. Uma adolescente de 14 anos de idade teria sido raptada em frente a uma escola, em Uvaranas. Uma força tarefa, incluindo também veículos de comunicação da cidade, foi montada para elucidar o paradeiro. Doze horas após o sumiço, a jovem apareceu em um distrito do município. 

Apesar de sustentar a estória que uma suposta rixa com um desafeto dentro da própria escola teria motivado o rapto e possíveis torturas, a PM desmentiu as declarações, justificando que a menina teria criado a situação para realizar outras atividades sem o consentimento da família. “Casos como esse estão se tornando frequentes demais. Somente essa ano já tivemos dez ocorrências semelhantes de falsa comunicação de crime envolvendo adolescentes de 12 a 18 anos de idade”, afirma o tenente Saulo Vinicius Hladyszwski, comandante da Patrulha. 

O principal problema apontado por ele em relação a esses dados é que quando se trata de crimes contra a vida, um forte aparato de segurança é mobilizado. “Sendo assim, descolamos equipes para uma situação inexistente, deixando que outras ocorrências possam ser atendidas”, pondera. O tenente não exime a responsabilidade que a Patrulha tem em atender situações como essas, mas alerta que inicialmente os pais ou responsáveis devem esgotar todas as possibilidades de encontrar o desaparecido. “Tivemos casos em que a famílias conversava por telefone com a possível vítima”, desabafa. 

Para entender a gravidade da prática, mesmo depois que a pessoa é encontrada, o caso é encaminhado a Polícia Civil para investigar a possível falsa comunicação de crime. “São situações que comprometem a efetividade do nosso trabalho”, finaliza Saulo. 

Situações aumentam a sensação de insegurança 

Para o tenente Saulo Vinicius Hladyszwski, outro problema das falsas comunicações de crimes dizem respeito ao crescimento da sensação de insegurança. “A notícia desses casos faz com que se instaure um pânico geral na população, o que, em muitos casos, não condiz com a realidade”, alerta. “As comunidades são os olhos da PM. Por isso, precisamos contar com a ajuda de todos para casos reais”, completa. O contato com a Patrulha Escolar pode ser feito através do telefone (42) 3901-7021. “O serviço funciona 24 horas por dia”, garante Saulo. 

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