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Menina fica 12 horas paralisada após ser picada por carrapato

No Brasil, o carrapato-estrela é quem carrega a bactéria que causa a condição

Jessica levou o carrapato ao hospital para que os médicos pudessem avaliar.
Jessica levou o carrapato ao hospital para que os médicos pudessem avaliar. -

Da Redação

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No Brasil, o carrapato-estrela é quem carrega a bactéria que causa a condição

Ao acordar a filha para ir à escola na última quarta-feira (6), Jessica Griffin tomou um susto ao ver a garota cair da cama, sem conseguir movimentar as pernas. A situação nunca havia acontecido e a surpresa foi ainda maior quando ela descobriu que o que provocou a reação foi a picada de um carrapato que estava na cabeça da criança.

No primeiro momento, Jessica pensou que Kailyn Kirk, sua filha de apenas 5 anos, estava com dormência nas pernas. Ela então achou que o problema passaria em breve e ajudou a menina a se trocar para que não se atrasassem. Porém, enquanto penteava o cabelo da garota, a mãe notou um carrapato e uma mordida em seu couro cabeludo que chamou a atenção.

Aos poucos, além das pernas paralisadas, a ela também percebeu que a fala da criança estava arrastado e confusa.

Antes de acordar para ir à escola, a mãe disse que não percebeu nada de errado com Kailyn. “Na noite anterior ela estava perfeitamente bem. Chegamos em casa, tomamos banho, lavamos o cabelo e tudo e eu não vi o carrapato", contou ela ao Mississippi News Now.

Assustada, Jessica, que é de Grenada, no Mississippi, nos Estados Unidos, ligou para o marido, que estava no Iraque, e contou sobre o que tinha acontecido. O pai da criança orientou que a mãe colocasse o inseto em um saco plástico e corresse para a emergência do hospital mais próximo, o Centro Médico da Universidade do Mississippi.  

Na unidade de saúde, depois de realizar exames de sangue e tomografia computadorizada, os médicos confirmaram a suspeita da mãe e diagnosticaram a menina com paralisia por picada de carrapato, provocada por uma neurotoxina encontrada na saliva do inseto.

Apesar de a causa não ser totalmente compreendida, a literatura médica acredita que essa toxina bloqueia a função nervosa, causando dormência nas pernas, dores musculares e fadiga. 

Felizmente, os médicos asseguraram que, uma vez que o inseto fosse removido, os sintomas de Kailyn seriam resolvidos entre 12 e 24 horas - o que, na verdade, durou apenas 12 horas.

Agora, mesmo com a filha salva e recuperada, Jessica decidiu compartilhar sua história nas redes sociais na esperança de alertar outros pais que esse tipo de acidente pode oferecer. O post original no Facebook recebeu mais de 107 mil reações e foi compartilhado mais de 410 mil vezes.

"Por favor, pelo amor de Deus, verifiquem se há carrapatos em seus filhos! É mais comum em crianças do que em adultos!", escreveu ela.

No caso de Kailyn, o carrapato foi removido à tempo, mas caso isso não acontecesse, a criança poderia ter sofrido de insuficiência respiratória, o que levaria à morte.

A agência do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos recomenda o banho dentro de duas horas depois de chegar dentro de casa para ajudar a tirar carrapatos não acoplados e reduzir o risco de contrair doenças.

Paralisia por picada de carrapato

A paralisia que afetou Kailyn é um dos sintomas da doença de Lyme, ou borreliose, como também é chamada. Essa é uma infecção bacteriana comum, transmitida por carrapatos infectados a humanos.

No Brasil, o carrapato-estrela é quem carrega a bactéria que causa a condição. Esses parasitas se alimentam do sangue humano e animal, e suas mordidas, muitas vezes, passam despercebidas - o que pode contribuir para que o inseto permaneça por vários dias devorando o sangue antes de ir embora de seu hospedeiro.

Quanto mais tempo o carrapato é deixado no lugar, maior o risco de transmissão da infecção. No entanto, não há evidências de que a doença seja transmitida de humanos para humanos.

Por ficarem mais próximas ao chão e perto de animais de estimação, as crianças estão mais suscetíveis à doença. Além disso, pessoas que fazem trilha ou outras atividades ao ar livre devem ficar atentas aos perigos da infecção, pois também fazem parte do grupo de risco.

A doença de Lyme pode afetar a pele, as articulações, o coração, sistema nervoso e até levar à morte, se não for tratada.

Sintomas da doença de Lyme

Para identificá-la, o sintoma mais comum é uma erupção circular rosa ou vermelha ao redor do local da picada. Ela pode se desenvolver de três até 30 dias depois de uma pessoa ser picada. 

Uma pessoa infectada também pode sofrer sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo cansaço, dores de cabeça e dores articulares.

Se não tratada, outros sintomas, como dores musculares e paralisia temporária dos músculos, podem se desenvolver meses ou até anos mais tarde.

Nos seus estágios avançados, a doença pode desencadear sintomas semelhantes à fibromialgia ou fadiga crônica.

A maioria das picadas de carrapatos acontece no final da primavera, no início do verão e no outono, épocas em que as pessoas estão mais propensas a sair, fazer caminhadas ou acampar.

Atualmente, não há vacina para prevenir a infecção, portanto, a melhor maneira de evitar a condição é fugir da picada do inseto.

Para isso, os especialistas recomendam que as pessoas que andam em áreas de floresta usem roupas de mangas compridas e calças, usem repelentes e recolham os carrapatos encontrados no corpo, caso isso aconteça.

Caso ele esteja no corpo de alguém, é preciso remover o carrapato. O mais indicado é remover o parasita segurando-o, de preferência usando uma pinça com dentes finos, e puxando firmemente da pele. Nunca use uma ponta de cigarro acesa, uma cabeça de fósforo ou óleos para retirar o inseto.

Informações Saúde IG

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