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Pilotos do Paraná formam associação

Grande parte dos pilotos que disputam campeonatos hoje no brasil, tanto em pistas de terra quanto no asfalto, “bancam” suas equipes e carros sozinhos

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Da Redação

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Já não é de hoje que ouvimos falar de falta de apoio ao esporte no país, e o Paraná não fica de fora, pelo menos em alguns desses esportes. Basta procurar nas academias, nos ginásios, nas escolas e, porque não, nas pistas, que vamos encontrar grandes talentos em busca de apoio para o tão sonhado “lugar ao sol”.

Em esportes considerados mais caros como o automobilismo, onde a prática do esporte é tratada como hobby por grande parte dos participantes, ainda encontramos jovens promessas do esporte começando de baixo e tentando apoio para uma carreira profissional, só que o cenário, para estes pilotos, está cada vez mais difícil.

Conseguir patrocínio em tempos de crise tem se tornado cada vez mais complicado e agora, no paraná, mais um triste capitulo se desenha para o automobilismo local, especialmente para a velocidade na terra, que já foi escola para grandes pilotos consagrados e para as jovens promessas que ainda estão em busca de um espaço como temos localmente, por exemplo, Renan Pietrowski nos monopostos da fórmula 3, que tem a velocidade na terra como uma das suas escolas.

O fato é que, especificamente nas categorias de base, grande parte dos pilotos que disputam campeonatos hoje no brasil, tanto em pistas de terra quanto no asfalto, “bancam” suas equipes e carros sozinhos em nome da paixão pelo esporte e sofrem com a falta de apoio das federações locais e confederação brasileira, que concentram seus apoios e esforços nas “categorias maiores” que hoje, no brasil, quando se fala em “circo” ou grande público, estão concentradas na Stock Car e nos eventos internacionais, já que outras categorias antes ditas como fortes também vem se desmanchando por falta de apoio, gestão ou até entendimento entre seus membros, como podemos citar o caso da Fórmula Truck.

Ainda há esperança?

Embora as notícias sejam as mais pessimistas, algumas categorias conseguem reunir forças entre seus membros e criar grupos ou até mesmo associações para manter o espetáculo. Um grupo de pilotos da velocidade na terra do paraná é um exemplo. Após ver a categoria sofrer um crescente abandono de pilotos, chegando a ter grids de largada com apenas 6 carros, um grupo de apaixonados pelo automobilismo se reuniu e fundou a APFV-PR, (Associação De Pilotos Da Fusca Velocidade Do Paraná) com o objetivo de baratear custos da categoria e trazer de volta os pilotos e equipes que estavam com seus carros parados. Após a primeira reunião e formação da associação, iniciaram-se as negociações com os autódromos do Paraná e seus diretores para chegar a valores de inscrição e combustível viáveis em troca de um grid maior e consequentemente um maior espetáculo. Infelizmente no Paraná faltou apoio e dentro dos termos solicitados pela associação e os autódromos ativos da velocidade na terra do Paraná consideraram inviável. Sorte para os dirigentes dos autódromos de Santa Catarina, especialmente da cidade de Mafra, que abriu suas portas para os pilotos do paraná e recebeu em sua pista um grid com mais de 20 fuscas que deram um verdadeiro show nas 4 etapas realizadas até agora. Com um campeonato organizado e muito bem estruturado pela associação e pela Fauesc, os fuscas foram a atração de todas as etapas, levando grande público ao autódromo. Segundo os dirigentes da pista de Mafra, a vinda da associação de pilotos somou e muito para alavancar o automobilismo na região. O público gostou do que viu e já se fala em investimentos na melhoria da infraestrutura no para receber melhor ao público e aos pilotos. Parece que os resultados estão aparecendo e nos dias 08 e 09 de julho, já está confirmada outra etapa, desta vez na cidade de são bento do sul, além de outras três etapas confirmadas na cidade de Mafra até o final do ano.

Para nós, resta a reflexão de que, talvez para alguns dirigentes de autódromos e federações, falta enxergar as categorias que podem ser a porta de entrada ou a escola para muitos pilotos, e mais do que isso, talvez falta a visão de que são eles, os pilotos e equipes ainda os responsáveis pelo show e que como em qualquer esporte, o valor real, os grandes talentos e o apoio devem ser dados e investidos na base, para que se garanta o espetáculo para as próximas gerações e para que o nosso automobilismo não seja vítima de mais um 7x1 no brasil. Louros aos pilotos do paraná, aos dirigentes dos autódromos e federação de automobilismo de Santa Catarina.

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