Aliel vai buscar segundo mandato à Câmara Federal | aRede
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Aliel vai buscar segundo mandato à Câmara Federal

Aliel Machado diz que vai concorrer a um segundo mandato de deputado federal e que Marina Silva deve buscar, mais uma vez, a Presidência

Aliel comenta cenário eleitoral para 2018
Aliel comenta cenário eleitoral para 2018 -

Stiven de Souza

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Dando continuidade à série especial de entrevistas sobre as eleições de 2018, o Jornal da Manhã e portal aRede conversaram com o deputado federal Aliel Machado (Rede). No primeiro mandado na Câmara dos Deputados, Aliel comentou sobre os projetos políticos da Rede Sustentabilidade para 2018 e, também, analisou o cenário político atual. Para o deputado, que confirmou a intenção de concorrer à reeleição, o país precisa se unir para sair da crise no próximo ano. Aliel falou, ainda, sobre a disputa para a Presidência.

Jornal da Manhã: Primeiro, gostaríamos de saber se você pretende concorrer à reeleição como deputado federal ou há outros projetos políticos para 2018? 

Aliel Machado: Sim, sou pré-candidato a deputado federal. Foi uma decisão do grupo que eu represento. Eu aprendi muito durante este mandato e sei que o mandato de deputado federal tem condições e força, tanto para defender convicções, do ponto de vista político, que hoje está em falta na política, onde hoje existe um fisiologismo muito grande, bem como para conseguir recursos, para conseguir benefícios para o nosso Estado, para a nossa região e para a nossa cidade. 

JM: Você vai continuar na Rede Sustentabilidade para as eleições de 2018? 

Aliel: A questão partidária teve alterações da legislação eleitoral, algumas alterações bem significativas. Eu vim para a Rede porque acreditava e acredito em uma política diferente, nova, com novas perspectivas. A gente está se organizando para montar uma estrutura bacana, para poder contar bem as nossa ideias e propostas para o no nosso Estado junto à Rede. Esta é a ideia neste momento. 

JM: Para o Governo do Paraná, qual é o projeto da Rede no próximo ano? 

Aliel: Bom, a Rede ainda está discutindo. O cenário ainda é muito nebuloso. Tem muitas pré-candidaturas para o Governo do Estado que a gente acredita que estão sendo colocadas, agora, para serem testadas. Mas ainda é muito cedo. O que a gente pretende, lógico, é ter um projeto que se some às nossas convicções e ideias para o Estado. 

JM: Qual a avaliação que você faz do primeiro mandato na Câmara dos Deputados? 

Aliel: O cenário político, fazendo uma avaliação, é um cenário muito desgastante. As pessoas estão extremamente revoltadas, e com razão, por tudo o que se descobriu nestes últimos anos da política. Porém, ele (o cenário) não diz respeito apenas a este mandato. As coisas negativas aconteceram ao longo das últimas décadas e nestes últimos anos ficou muito mais explícito para a população. 

Apesar desta negatividade, eu faço uma análise muito positiva do nosso mandato. Primeiro, porque nós tivemos convicções firmes. Passamos por momentos extremamente turbulentos e pesados em Brasília. Momentos aonde discursos fáceis foram feitos para a população. Aonde tivemos uma série de projetos de lei que foram contrários a necessidade que o país precisava, direitos foram retirados das pessoas. 

Além da defesa das convicções que nós temos, além de defender os trabalhadores, de defender os bons empresários, de defender, em Brasília, uma modernidade nas legislações, com respeito, preservando as conquistas, nós tivemos conquistas importantes do ponto de vista financeiro para a nossa cidade e região. 

Nós estamos lá há dois anos e meio. Nós estamos colhendo agora os resultados que nós buscamos no início de mandato. Agora mesmo, em outubro, está sendo entregue a proposta de licitação da nossa maternidade, que é uma emenda individual do nosso mandato, de R$ 4 milhões. Tenho certeza absoluta quem isso mudará toda a lógica do atendimento de nossas crianças e de nossas mães em Ponta Grossa e Campos Gerais. 

 Para se ter uma ideia, nós já conseguimos desde o início do nosso mandato, em apenas dois anos e meio, só de emendas individuais, conseguimos investir mais de R$ 25 milhões. Contando com as emendas deste ano, nós vamos chegar próximo de R$ 30 milhões em emendas individuais. 

JM: Em relação à reforma política, com a criação do Fundão e a cláusula de desempenho, prejudicam o processo eleitoral do próximo ano? Qual sua opinião sobre esta reforma? 

Aliel: Em relação à reforma política, eu confesso que fiquei bastante triste. A reforma política não contemplou tudo o que queríamos e o os avanços, que conseguimos aprovar, o Temer vetou. A limitação de gastos nas campanhas dos candidatos, a redução da influência do dinheiro, que era muito importante no combate à corrupção, isso tudo foi vetado. Talvez, a única melhora significativa que nós tivemos, além de cláusula de desempenho que vai ter um papel importante de filtro, é a proibição do financiamento eleitoral. Mas isso não foi nem feito pela Câmara, foi feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois de uma ação da Ordem dos Advogado do Brasil (OAB). 

Eu espero que as próximas eleições tragam bons resultados, que a população participe da fiscalização, cobrando transparência e tudo o mais. Mas confesso que a reforma não foi a contento. 

JM: Para um eventual segundo mandato, ou no caso do senhor buscar por outro cargo eletivo, quais os projetos a serem implementados? 

Aliel: A ideia de um próximo mandato de deputado federal, talvez em um momento menos turbulento do nosso país, um momento que a gente espera que a nossa população faça uma autocrítica e faça uma análise muito criteriosa de quem merecer ter um mandato parlamentar, é o combate às desigualdades. Isso é muito forte, ainda hoje, no nosso país. Sem contar que temos sonhos e projetos para ajudar a nossa região a angariar mais recursos, ajudar a aprovar projetos de lei que são importante, como o pacto federativo. 

A busca de um mandato é representar as ideias das pessoas que pensam parecido com a gente e ter uma representatividade maior na nossa região. Eu aprendi muito neste mandato. Brasília é extremamente grande e complexo de se entender, você demora um período para se adaptar. Mas agora eu conheço bem Brasília, estou mais preparado, conheço os caminhos para buscar estes recursos e acredito que posso colaborar muito mais com a nossa cidade e região.

JM: Para a Presidência, ainda em 2018, qual é a estratégia da Rede? 

Aliel: A candidatura à Presidência para 2018 também é um cenário muito complexo. Nós vemos que possíveis candidatos, pré-candidatos, talvez não sejam candidatos, como no caso do Lula, que lidera as pesquisas. Eu tenho um pouco de dúvida ainda sobre o Bolsonaro, porque ele ainda não é conhecido pelas pessoas. As pessoas conhecem a maneira dele, mas não conhecem ele efetivamente. 

A gente espera que a Marina Silva venha preparada, que a Marina consiga montar uma estratégia junto com outras siglas que pensem como a gente, que respeitem os princípios que nós defendemos para poder apresentar uma proposta coerente e responsável. Tem outras candidaturas boas, como a do Ciro Gomes, que eu acredito ser uma candidatura progressista. Estou falando como Aliel, não como a Rede. Acredito que pode o PSB lançar candidatos, como está dizendo. Como partido, não tenho dúvidas que a Marina é extremamente preparada e competente. 

As pessoas viram que mesmo em um sistema antigo, podre e corrupto, ela não se converteu a ele. Ela (Marina) pode ser um elo de esperança neste momento em que o pais está divido. A Marina pode ser uma pessoa que una o país, que é o que a gente precisa neste momento de grave crise que estamos passando. 

Perfil

Um dos deputados federais mais jovens da Câmara Federal e o mais jovem eleito pelo Paraná, Aliel Machado tem 28 anos e está no primeiro mandato em Brasília. Aliel assumiu o primeiro cargo eletivo em 2013, pelo PCdoB. Ele foi um dos candidatos a vereador mais votados em Ponta Grossa. Logo no início do mandato de vereador, Aliel foi eleito para a Presidência da Câmara Municipal, onde implantou medidas de austeridade fiscal. Em 2014, Aliel foi eleito para a Câmara com mais de 80 mil votos, sendo o candidato mais votado em Ponta Grossa.   

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