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Richa fala após derrota e diz que apoia Bolsonaro

Ex-governador do Paraná concedeu coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8) em Curitiba após as eleições

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João Vitor Rezende

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Ex-governador do Paraná concedeu coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8) em Curitiba após as eleições

O ex-governador Beto Richa (PSDB) atribuiu a derrota na disputa ao Senado a três principais fatores: o ajuste fiscal que promoveu no Paraná, as investigações que resultaram na sua prisão e o abandono por parte de aliados. A declaração foi feita em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (8).

“Foram dois mandatos. O meu foi agravado pelo ajuste fiscal, que gerou incompreensão e me trouxe prejuízo político, mas eu faria tudo de novo, porque os resultados estão aí. Eu não pratico demagogia, nem populismo fiscal. Lamentavelmente, isso não tem divulgação. Eu faço as coisas sem esperar algo em troca. Ajudei prefeitos, deputados… Mas não guardo mágoas, muito menos do eleitor, porque já fui eleito quatro vezes no Paraná. A vida do político é assim mesmo, tem seus altos e baixos, e eu nunca tive apego ao poder”, afirmou Richa.

Ele admitiu que o PSDB teve um péssimo desempenho nessas eleições no Brasil inteiro. Para ele, uma “grande onda de mudanças” tomou conta do pleito neste ano. “Acho que não só aqui, mas no país inteiro isso surpreendeu a todos. Novos nomes foram privilegiados e houve voto de protesto também”, completou.

Operação Rádio Patrulha

Segundo o ex-governador, outro fator determinante para a derrota ao Senado foram as investigações da Operação Rádio Patrulha, que resultaram na prisão de Richa no dia 11 de setembro. Ele disse que essa foi a “pá de cal” da sua candidatura.

“A minha situação culminou em uma ação arbitrária, injusta, ilegal e desumana. Isso não se faz com ninguém. Eu e a minha família fomos vítimas a poucos dias da eleição. Tanto é que teve uma reação imediata do STF [Supremo Tribunal Federal], afirmando que houve uma clara violação dos direitos fundamentais previstos na Constituição, especialmente na presunção de inocência, e que tal operação não teve fundamento político. O que justificaria fatos ocorridos seis anos atrás terminarem na minha prisão a poucos dias da eleição?”, questionou.

Abandono de aliados

Diante do cenário que cercava Richa, o candidato ao Senado acabou perdendo o apoio de políticos da base aliada. “A operação do Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado] teve farta notícia em todos os meios de comunicação e isso me arrebentou junto aos meus eleitores e às lideranças que me apoiavam em cada município do estado. Terminei a campanha praticamente sozinho. Eu tentei a união dos grupos, mas foi impossível”, comentou.

Apoio a Bolsonaro

Durante a coletiva, o ex-governador declarou, ainda, que o PSDB no Paraná vai esperar a “poeira assentar” para ver que rumos tomar a partir de agora. “Amanhã tem reunião com a executiva nacional do partido e nós vamos analisar o quadro como um todo”.

Ao ser questionado se irá contra o candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) e apoiará Jair Bolsonaro (PSL), ele disse que essa é “a sua tendência”. “Eu falo por mim. Só não queria anunciar agora em respeito às reuniões que ainda teremos. Mas entendo que os últimos governos foram um caos e o Bolsonaro vem denunciando isso e conquistando a população. Ele tem um discurso de esperança de um Brasil melhor, com grandes promessas. Não temos de longe um candidato ideal, mas, pela escolha e pela equipe, espero que ele consiga promover as mudanças que espera”, finalizou.

Com informações da Banda B

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