‘Política de segurança pública é equivocada’, diz Péricles
Deputado estadual usou a tribuna do Legislativo para cobrar mudanças na política pública para o setor
Publicado: 21/03/2018, 15:41
O deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT) usou a Tribuna da Assembleia Legislativa (Alep) para condenar a atual política de segurança pública estabelecida no país. Para ele, apenas o efeito é combatido, sem preocupação com as causas da violência. Ao repudiar o assassinato da vereadora carioca, Marielli Franco, ocorrido na semana passada, Péricles ressaltou a falta de investimento em setores essenciais.
“Não se pode tratar a segurança com jargões do tipo ‘bandido
bom é bandido morto’. É preciso investir em estudos científicos e sistemáticos
sobre a origem dos crimes e da criminalidade, em aparatos de segurança para
prevenção; é preciso investir na polícia científica para resolução dos crimes,
assim como ocorre nos países mais desenvolvidos”, alertou.
Chamando a atenção para o grande número de homicídios no
Brasil (país tem a nona maior taxa do mundo, com 30,5 casos para cada 100 mil
habitantes, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS) e para o excessivo
encarceramento (600 mil pessoas presas segundo o Infopen - sistema de
informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro ligado ao
Ministério da Justiça – MJ), Péricles ressalta que a política de
segurança pública está equivocada.
“Nós realmente defendemos os policiais, nos preocupamos com
os agentes na sua condição de trabalhadores, com seus salários; cobramos do
Poder Público uma capacitação permanente. A atual política de segurança só tem
gerado mais mortes a cada ano e cada vez mais policiais estão morrendo também”,
disse.
Para Péricles, o assassinato da vereadora Marielli deve acender um sinal de alerta “pois não é mais possível que continuemos submetidos a uma ideologia propagada pelos grandes meios de comunicação que só prejudica a maioria da população”, reafirmou, salientando a necessidade de uma atuação conjunta entre a polícia, o sistema penitenciário, Poder Judiciário e promotorias públicas para diminuir a violência.
As
informações são da assessoria.