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Corpo de doméstica encontrado em congelador é repatriado

O corpo apresentava sinais de violência - costelas quebradas e hemorragias internas

Os restos mortais de Joanna Demafelis, serão levados para para sua terra natal/Foto: Reprodução YouTube EFE Brasil
Os restos mortais de Joanna Demafelis, serão levados para para sua terra natal/Foto: Reprodução YouTube EFE Brasil -

Da Redação

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O corpo apresentava sinais de violência - costelas quebradas e hemorragias internas

O corpo de uma empregada doméstica das Filipinas encontrada em um congelador no Kuwait chegou nesta sexta-feira (16) a Manila, no meio de uma forte polêmica em torno deste caso que esticou as relações diplomáticas entre os dois países. A informação é da EFE.

Os restos mortais de Joanna Demafelis, de 29 anos, viajarão amanhã para sua terra natal, a cerca de 400 quilômetros ao sul da capital, disse à Agência Efe a porta-voz do Departamento de Assuntos Exteriores filipino, Charmaine Aviquivil.

O corpo de Demafelis foi encontrado na semana passada no congelador da casa onde trabalhava como doméstica para um casal formado por um libanês e uma síria, que estão foragidos e estão sendo procurados pelas autoridades kuwatiano.

O corpo apresentava sinais de violência - costelas quebradas e hemorragias internas - e após a autópsia os legistas determinaram que tinha sofrido torturas e abusos sexuais.

"A morte da mulher será um ponto de partida para que todas as agências governamentais sejam mais agressivas na hora de proteger nossos trabalhadores no exterior", declarou hoje o chanceler filipino, Alan Peter Cayetano, que foi ao aeroporto receber os restos mortais. Ele também afirmou que as autoridades kuwatianas prometeram fazer "todo o possível" para achar os suspeitos e levá-los à Justiça.

Acredita-se que os patrões de Demafelis abandonaram a casa e o país em novembro de 2016, por isso que o corpo teria permanecido no congelador por mais de um ano. Cerca de 250 mil filipinos, a maioria deles empregadas domésticas, trabalham no Kuwait, onde nos últimos anos tem sido reportados frequentes casos de abusos e maus tratos para este grupo por parte dos empregadores.

Após a descoberta do corpo de Demafelis, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, acusou os kuwatianos de "carecer de valores", culpou seu Governo de permitir os abusos às empregadas domésticas e proibiu a ida de mais trabalhadores para este país.

A declaração criou uma atrito diplomático entre ambos os países, já que o Governo do Kuwait enviou como resposta uma mensagem de protesto.

Este caso também acelerou o regresso de milhares de filipinos no Kuwait que sofrem algum tipo de problema ou estejam com o visto para expirar, para quem o Governo custeou o voo de volta.

Informações UOL Notícias

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