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Documento traça cenário do emprego pós-crise nos Campos Gerais

Boletim produzido pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp) traz dados do período 2015-2018

Fila em feira de emprego realizada em 2017
Fila em feira de emprego realizada em 2017 -

Da Redação

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A região dos Campos Gerais segue se recuperando da crise econômica que começou em 2015. É isso o que mostra o boletim intitulado ‘A dinâmica do emprego nos Campos Gerais’, produzido pelos pesquisadores do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O documento foi divulgado nesta semana e mostra como as cidades da região reagiram a crise econômica desde 2015.

Assinado pela professora Augusta Pellinski Raiher, do Curso de Economia da UEPG e dos programas de Pós-Graduação em Economia e em Ciências Sociais da Instituição, o documento traz um levantamento completo da criação ou da destruição de vagas de emprego nas cidades da região. Além de dados coletados entre 2015 e 2017, o boletim também apresenta números do primeiro semestre de 2018.

O boletim mostra que os municípios da região sofreram um “forte impacto no mercado de trabalho após 2014”. De acordo com o boletim, em 2014 tanto a região dos Campos Gerais como o Paraná detinham taxas de crescimento positivas, tendência que acaba sendo revertida a partir do ano seguinte. “O Estado começa a perder postos de emprego e isso afeta os Campos Gerais em 2015”, conta a professora Augusta.

O documento mostra que, em 2017, 48%  do emprego formal dos Campos Gerais estava  localizado em Ponta Grossa, seguido de Telêmaco  Borba (11%) e de Castro (9%). “Esse é um resultado natural, decorrente da disposição populacional da região, concentrando mais emprego exatamente  onde se tem uma centralização da mão-de-obra”, argumenta a professora.

O estudo do Núcleo mostra que quando se estuda a distribuição do mercado de trabalho se torna “mais homogênea ao longo dos municípios da região” quando se analisa o emprego a cada mil habitantes. “A questão é que nos últimos anos houve um dinamismo diferenciado no que se refere à geração de empregos entre esses municípios”, explica a professora responsável pelo estudo.

Em 2016, queda no número de vagas se acentua

O boletim mostra que a partir de 2016 muitos municípios dos Campos Gerais perderam empregos. Na região apenas Palmeira (+93), Curiúva (+69), Imbaú (+10), Piraí  do Sul(+8) e São João do Triunfo (+7) tiveram aumento no número de postos de trabalho em relação a 2015.

Ao final de 2016, o saldo foi de criação de 187 vagas de empregos nos Campos Gerais, em detrimento de outras 10.525 vagas fechadas. As duas cidades que mais perderam vagas foram Ortigueira (5.757) e Carambeí (2.048) - as perdas representam, respectivamente, dos 67% e 21% das vagas de emprego que os municípios tinham em 2015.

Maioria dos municípios ainda não se recuperou

O boletim mostra que analisando-se os anos de 2016 e 2017, em comparação com o montante de emprego de 2015, a maior parte dos municípios dos Campos Gerais segue em um patamar inferior - apenas Palmeira (104 vagas a mais), Curiúva (+71) e Piraí do Sul  (+37) apresentaram ganho de vagas nos dois períodos.

“Portanto, ainda se tem um cenário desfavorável para o mercado de trabalho, não se recuperando plenamente da crise vivenciada a partir de 2015. E  o cenário para 2018 não é motivador. Somente oito municípios conseguiram um saldo no primeiro semestre de 2018 maior que o do primeiro semestre de 2017”, conta a professora Augusta.

 Trabalhadores em idade ativa

O documento revela ainda que entre os trabalhadores que perderam ou ganharam nesses seis primeiros meses de 2018, há um saldo negativo especialmente entre os que estão em plena idade ativa (30-64 anos). No todo,no primeiro semestre de 2018, perdeu-se 108 vagas e criou-se apenas 75, ou seja, um cenário desfavorável para a região em que apenas oito municípios conseguiram apresentar saldo positivo no que se refere às novas vagas de empregos.

Equipe técnica do Núcleo

A equipe do Núcleo é formada pelos professores pesquisadores Augusta Pellinski Raiher, professora do curso de Economia, e dos Programas de Pós-Graduação em Economia; e em Ciências Sociais da instituição da UEPG; Alexander Souza do Carmo, do Departamento de Economia e da Pós-Graduação em Economia; Alysson Luiz Stege, da Pós-Graduação em Economia; e do economista da UEPG. Alexandre Roberto Lages, e professor de Economia das Faculdades Ponta Grossa.

As informações são da assessoria da UEPG. 

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