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Mapeamento mostra grande potencial cervejeiro da região

Levantamento foi realizado com 11 empresas da região. Projeto de Potencialização das Cervejarias Artesanais está sendo desenvolvido no Paraná

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Fernando Rogala

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Um mapeamento do setor de microcervejarias artesanais no Estado do Paraná comprovou a força do polo cervejeiro da região dos Campos Gerais. O levantamento, do projeto de Potencialização das Cervejarias Artesanais, iniciado no ano passado em parceria entre o Sebrae do Paraná, Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) e a Faculdade Guairacá, foi revelado nesta sexta-feira (16), apontando uma série de informações úteis para o fortalecimento e desenvolvimento deste setor.

No total, foram pesquisadas 65 empresas no Paraná, divididas em seis regionais. Logo depois de Curitiba e Região Metropolitana, com 26 empresas pesquisadas, o estudo aponta que a maior densidade de fabricantes está nos Campos Gerais, com 11 fábricas. Além dessas, Ponta Grossa tem outras duas multinacionais, grandes produtoras: a Heineken e a Ambev, que não figuram no estudo. O levantamento identificou a localização das empresas, o perfil socioeconômico dos empresários, principais estilos produzidos, capacidade produtiva instalada, canais de distribuição, entre outras informações do setor. 

Os dados, conforme explica a consultora do Sebrae/PR, Michele Riquetti Tesser, são um ponto de partida para compreender e acompanhar o desenvolvimento do segmento. “Trata-se de um setor carente de informações para embasar novos estudos que auxiliem na tomada de decisões estratégicas por parte das empresas que compõe o segmento”, avalia Michele. As informações também podem auxiliar na elaboração e oferta de soluções com foco na profissionalização das empresas e ampliação do mercado. 

O presidente Procerva, Richard Buschann, destaca que o mapeamento permite identificar regiões onde o segmento ainda não é explorado, permitindo ampliar o número de clientes e de mercado. “Com dados monitorados podemos ter ações mais assertivas em relação ao mercado”, comenta. O sócio proprietário de uma cervejaria instalada em São José dos Pinhais, Eduardo Vosgerau, explica que, atualmente, a empresa conta com uma equipe de 10 profissionais e a ideia é incrementar esse quadro e os estilos de cervejas. “É um segmento que vem passando por um crescimento substancial no Brasil, mas que ainda representa 1% do mercado consumidor de cerveja. As informações que temos é que o potencial do mercado atingirá 20% nos próximos anos”, acrescenta, exaltando as valiosas informações do mapeamento para o estudo do mercado.

Maurício Gusso, gerente de cervejaria em Curitiba, o estudo também pode ser utilizado de forma estratégica pelos empresários do setor no sentido de expandir mercado. A cervejaria curitibana, que está no mercado desde 2002, foi uma das primeiras a se instalar na capital do Estado. “Mostramos ao nosso púbico que a produção está cada vez mais moderna e que, além de Curitiba e Região Metropolitana, pretendemos expandir para outras regiões”, projeta. 

 O Estudo

O levantamento mostra que 27% das empresas estão no mercado há mais de sete anos, 23% têm entre 3 a 5 anos de atividades, 22% atuam entre 1 a 3 anos, 17% têm entre 5 a 7 anos de atuação e 11% estão há menos de um ano no mercado. Dentre os estilos mais produzidos estão IPA (73,8%), Pilsen (64,6%), Weizen (58,5%), APA (44,6%) e Witibier (32,3%). Além disso, o mapeamento aponta que 58% das cervejarias produzem exclusivamente para suas próprias marcas e 34% terceirizam a produção para outras marcas, também conhecidas como marcas “ciganas”.

A capacidade de produção instalada também foi apurada, e 40% dos entrevistados responderam que podem produzir até 10.000 litros por mês. Outros 38% afirmaram ter potencial de produção entre 10.001 a 50.000 litros, mensalmente. A maioria dos empresários envolvidos na produção de cerveja artesanal no Paraná tem nível Superior completo (54%), 26% têm pós-graduação e mestrado

Ações

A consultora do Sebrae/PR, Michele Tesser, explica que o projeto de potencialização das cervejarias artesanais, lançado em 2017 pelo Sebrae/PR, tem como foco a qualidade sensorial das cervejas produzidas, acesso a mercados, tecnologia e inovação e gestão de excelência. O projeto terá continuidade em 2018, com a concentração de ações específicas em 30 empresas.

As ações do projeto Da Panela por Mercado, que compreende um ciclo de capacitação para empreendedores potenciais do ramo de cervejas artesanais, terão início em abril, nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa. Outra ação é avançar no mapeamento das cervejarias ciganas, que são aquelas que produzem em plantas de terceiros.

Com informações da assessoria de imprensa

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