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Produtores perdem até 50% do feijão pela estiagem

Sem chuvas há mais de 40 dias, redução média está estimada em 20%, chegando a 50% em algumas propriedades

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Fernando Rogala

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O longo período de estiagem, que já passa de 40 dias, está trazendo prejuízos a agricultores da região dos Campos Gerais, especialmente os produtores de feijão. Alguns deles já relatam perdas de 50% em relação ao inicialmente esperado para esta segunda safra. Em casos mais extremos, o cultivo foi ‘abortado’, sendo removido para o plantio de cultivos de inverno, como a aveia, por exemplo. A estimativa mais atualizada do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, é de uma retração média de 20% na produção total nos Campos Gerais.

Quando os produtores iniciaram o plantio, entre janeiro e fevereiro, a estimativa era de retirar 2,2 mil quilos por hectare. Alguns, porém, vão retirar apenas metade disso, e com qualidade inferior. “Como é um ciclo curto, de 90 dias, quando acontece as adversidades climáticas é o cultivo que mais sofre, afeta mais gravemente. Deu abortamento de flores, consequentemente um número menor de vagens, algumas delas retorcidas, com falhas. O número e o tamanho dos grãos é menor”, relata o economista do Deral na região, Luiz Alberto Vantroba. Atualmente, a média prevista de retirada do campo é de aproximadamente 1,7 mil quilos por hectare.

Sofrem mais com a estiagem aqueles agricultores que fizeram o plantio mais tardio, no mês de fevereiro, informa Vantroba. Quem plantou antes, em janeiro, conseguiu retirar uma safra razoável, já que não pegou esses dias todos de seca, apenas os no final do cultivo. “Teve áreas boas colhidas, quem plantou entre 15 e 20 de janeiro, salvou”, relata. O status atual é que a colheita passou dos 50%. “Tem um pouco em formação de grãos e o restante em maturação. O zoneamento recomenda até o final de janeiro, mas grande parte planta em fevereiro”, informa. Somado com o preço, que não está favorável, na casa dos R$ 120, pode haver uma redução no plantio de feijão. “Isso deve repercutir na área ano que vem”, completa Vantroba.

Plantio de inverno vai até julho

Com a seca, o plantio dos cultivos de inverno estão em ‘stand by’. Como explicou Vantroba, ainda não há preocupação, já que a janela de plantio se estende até o início do mês de julho. Já a cultura de aveia, por sua vez, utilizada para a cobertura do solo, está parcialmente paralisada. Caso haja a postergação do plantio, poderá afetar a próxima safra de verão, atrasando o plantio de milho, por exemplo.

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