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Campos Gerais terá plantio recorde de soja nesta safra

Com a migração de diversos produtores do milho para a soja, área plantada nesta safra será de 577,7 mil hectares

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Fernando Rogala

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A Região dos Campos Gerais deverá registrar, nesta safra 2017/2018, o maior plantio de soja de sua história. Com a migração de muitos produtores de milho, a estimativa de safra, elaborada pelo núcleo regional do Departamento de Economia Rural, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), aponta a ocupação de 577,73 mil hectares somente com a soja. A área plantada será 7,28% superior à registrada na safra passada, de 538,49 mil hectares. Mesmo na comparação com o recorde anterior, na safra 2015/2016, de 558,2 mil hectares plantados, o crescimento é de 3,5%. Em contrapartida, a área de milho deverá ser reduzida em 42%, de 99,2 mil hectares para 58 mil hectares.

Inúmeros são os motivos dessa migração do milho para a soja, segundo explica Luiz Alberto Vantroba, economista no núcleo regional do Deral. Além do preço, que é o principal, ele cita outros três fatores decisivos na mudança. “Depois tem o custo, que para se produzir um hectare de milho, o custo é muito mais alto do que a soja. O terceiro é o risco, já que a soja é mais resistente, então tem um risco climático menor. E o outro é a liquidez: a soja se vende direto, a hora que quiser”, informa.

Para esta safra, a estimativa aponta uma elevação de projeção do rendimento por hectare. Se no ano anterior o plantio iniciava com uma perspectiva de colher 3,6 mil quilos por hectare, nesta safra estima-se 3,7 mil quilos por hectare. A justificativa de Vantroba é tecnologia empregada na região, que a torna uma das mais produtivas do país. “O principal é a pesquisa, que rende em novas variedades de sementes, então isso está melhorando o potencial da cultura”, informa. A tecnologia de precisão, com novos maquinários, também contribuem para a elevação.

Tudo isso fará com que a colheita nesta safra possa superar a ‘supersafra’ 2016/2017. Mesmo com a redução de 7% na produtividade (na supersafra o rendimento por hectare foi de 3.964 quilos por hectare), a elevação de 7,2% na área plantada fará com que o total colhido na safra 2017/2018 atinja 2,137 milhões de toneladas, contra 2,134 milhões registradas na anterior. Já no milho, com a perspectiva de colher 10,2 mil quilos por hectare (4% a menos que na safra já colhida) em uma área 42% menor, estima-se que a produção total caia de 1,04 milhão de toneladas para 591,6 mil toneladas – ou seja, uma baixa de 44%.

Área de soja no Paraná ira aumentar 3%

No Paraná, A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento está avaliando com muita cautela a estimativa de safra, que aponta para um volume de 23,2 milhões de toneladas para os grãos de verão, 8% inferior ao colhido na safra anterior. O plantio de soja tem uma previsão de ocupar uma área de quase 5,5 milhões de hectares, 3% a mais que na temporada anterior. A média prevista, de 19,5 milhões de toneladas representa um volume 2% inferior à safra anterior que teve as melhores condições de clima dos últimos anos, diz o economista do Deral, Marcelo Garrido.

A produção de milho da primeira safra cai bastante em decorrência do recuo de 33% na intenção de plantio. Este ano, o milho deve ocupar uma área de 343.490 hectares, enquanto no mesmo período do ano passado ocupou área de 513.627 hectares. Com isso a produção esperada será 37% inferior atingir 3,1 milhões na safra 2017/18.

Região é responsável por quase 30% da produção estadual de feijão

Houve, ainda, um pequeno volume de migração para o feijão, elevando em 2 mil hectares a área plantada neste ano, na comparação com a safra passada. A área plantada passará de 47,8 mil hectares na safra 2016/2017 para 49,8 mil hectares na 2017/2018. Essa área torna a região dos Campos Gerais responsável por 25% de toda a área plantada no Paraná, responsável por quase 30% da produção estadual, prevista para 109 mil hectares nos municípios da regional. “O feijão não está com preços muito bons, mas os produtores sempre têm a esperança de dias melhores. Principalmente os que planta o ‘feijão carioquinha’”, relata Vantroba, lembrando que a maioria deles opta também por uma segunda safra do grão, além de ser importante para a rotatividade da cultura.

Atraso no plantio

Devido às chuvas escassas desde agosto, o plantio de milho e soja atrasou na região. Porém, com o alto volume registrado desde a última quinta-feira, o plantio deverá ser normalizado. “A região está com 4% da soja plantada, mas não tem perigo de perda. Já no milho em algumas áreas provavelmente não vai ser atingido o potencial esperado, já que a germinação não foi a desejada com a baixa umidade”, informou Vantroba. 

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