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Estiagem deve trazer quebra à produção de trigo na região

Sem chuvas expressivas há quatro semanas na região, perspectiva é de uma redução de 5% na produtividade

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Fernando Rogala

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A área plantada de trigo na região dos Campos Gerais foi reduzida em relação à registrada no ano passado. Nos municípios abrangidos pelo núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), os 141,2 mil hectares plantados com trigo na safra passada caíram para cerca de 120 mil nesta, cujo plantio foi concluído há uma semana. Se não bastasse a redução da área, as condições climáticas também não se apresentaram favoráveis nas últimas quatro semanas, período o qual ficou nem um pingo de chuva.

No final do mês passado, a estimativa do Deral para a região era um rendimento de 3,5 mil quilos por hectare (média 15% inferior ao obtido na safra passada, uma das melhores para este cultivo na região), o que resultaria em um uma produção total de 422 mil toneladas – o que já seria 25% inferior ao registrado no ano passado. Agora, tudo isso deve reduzir, conforme explica Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral na região. “Mesmo que volte a chover, a produtividade inicialmente estimada dificilmente será alcançada”, informou. Ele já acredita em uma possível redução de 5% no rendimento, o que reduziria essa produção para 3,3 mil quilos por hectare.

Até domingo (16), foram exatos 26 dias sem registros pluviométricos, segundo os cálculos da regional do Deral. A garoa desta segunda-feira também não foi suficiente, diz Vantroba. O tempo seco, aliado às altas temperaturas (não favoráveis aos cultivos de inverno, como o trigo) agravaram a situação. Se mais ao norte da regional, onde o plantio é feito mais cedo, os produtores não conseguiam fazer as adubações de cobertura; algumas áreas apresentavam até sinais de amarelecimento. Já mais ao sul do núcleo regional, onde o plantio é mais tardio, em parte delas a germinação este desuniforme e com crescimento lento. 

Em relação ao frio desta terça-feira, não deve impactar na produtividade, pois ainda o trigo não está no período de frutificação. Chuvas mais constantes são urgentes para amenizar as perdas. “Está terrível, porque a agricultura pede umidade. O ideal é uma chuva de 20 milímetros a cada oito dias para a cultura se manter em plena capacidade. Mas já há regiões na região com o solo com rachaduras por falta de umidade”, ressalta o economista.

Preço do leite poderá subir devido ao clima frio

A onda de frio pode afetar o preço do leite nas próximas semanas. Neste caso, os produtores precisam completar as pastagens perdidas pelas geadas. “É mais uma questão de aumento do custo de produção do que de perda, como nas outras culturas”, salienta Garrido. Em relação ao trigo, no Estado do Paraná, cerca de 48% do trigo ainda está em campo, principalmente nas regiões do Sul do Estado, que são as mais afetadas pelo frio. “Por causa do clima, o potencial de produção deste ano, que é de 3 milhões de toneladas, deve ser reduzido”, relata o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

Proteção

Os agricultores do trigo não têm o que fazer para proteger as plantações, já que as lavouras são extensas. “O plantio escalonado, que poderia amenizar as perdas, já deveria ter sido realizado”, relata Garrido. “Em relação às hortaliças, o produtor consegue amenizar os impactos do frio cobrindo a plantação, por exemplo, com tecidos TNT’s”, acrescenta ele.

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